segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Cope investiga 202 suspeitos no caso Rachel


Rachel usava mochila parecida com esta, quando desapareceu.

Para a delegada Vanessa Alice, do Cope (Centro de Operações Policiais Especiais), é questão de honra prender o assassino de Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre, 9 anos, cujo corpo foi abandonado dentro de uma mala, embaixo da escada da rodoferroviária, há um ano.

Várias linhas de investigação estão sendo seguidas, mas o que mais a polícia tem feito é descartar suspeitos. A única prova concreta que existe é o material genético do criminoso encontrado no corpo da menina.

A mochila de náilon que Rachel carregava com o troféu que ganhou num concurso da Biblioteca Pública continuam desaparecidos, assim como sua calça e os tênis. “Se ele não ficou com os pertences, alguém deve tê-los visto”, acredita a delegada.

Além de parentes e conhecidos da família, prestaram depoimento, por exemplo, funcionários da escola e da Biblioteca Pública e passageiros que embarcaram na rodoviária no dia em que a mala foi encontrada.

A polícia desconfia que a intenção do assassino era viajar com a mala pelo modo como ele embrulhou o corpo. “Ele usou quatro sacos, além do lençol de uma marca comum”.

De 202 suspeitos, 47 foram submetidos a exame de DNA. “Foi colhido material de todos os pedófilos com histórico de crimes sexuais que saíram da cadeia ou que estão internados para tratamento”, contou a delegada.

Internet

Para a delegada, o maníaco é um homem conhecido da menina. O primeiro contato pode ter acontecido via internet. O Cope conta com o apoio do Nuciber (Núcleo de Combate aos Crimes Cibernéticos), que já levantou dados importantes, mas não podem ser revelados. Não está descartada a hipótese de uma terceira pessoa ter participado do crime.

Segundo a delegada, denúncias não param de chegar por carta, email, telefone e nenhuma informação deixa de ser conferida. Algumas pistas foram seguidas em Santa Catarina, Mato Grosso e Sergipe.

Vanessa tem certeza que trata-se de um pedófilo, que pode voltar a agir e pode estar relacionado com o desaparecimento de outras crianças. Ela admite que o crime foi bem planejado, mas não perfeito. “Essa investigação é como um novelo de lã. Só falta encontrar a ponta”.


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