Maria Cristina de Oliveira afirmou que quis se isolar para não saber os detalhes do crime.
-"Eu fiquei órfã do meu anjo da guarda. Era tudo para mim", afirma mãe de Rachel.
Raquel Genofre tinha 9 anos e sonhava ser professora. Na saída da escola, a violência cruzou o caminho da menina.
Dos Fatos
Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre, de 9 anos, estava desaparecida desde as 17h30 da segunda-feira dia 03/11/2008. Ela sumiu após sair do Instituto de Educação, escola onde estudava no centro de Curitiba.
Rachel que era filha de uma professora, ia e voltava de ônibus sozinha todos os dias da escola, era bem orientada pelos familiares, para não acompanhar pessoas estranhas, nem desviar seu costumeiro percurso, casa/escola, ou seja, centro/ bairro da Vila Guaíra.
Na madrugada da quarta-feira (5/11/2008) por volta das 2h30, o corpo de uma menina foi encontrado dentro de uma mala abandonada na Rodoferroviária de Curitiba.
O caso que estava sendo investigado antes deste fato, pelo Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), contatou Maria Cristina de Oliveira a mãe de Rachel ainda durante a madrugada.
Segundo as poucas informações dadas á imprensa pela polícia, a mala foi encontrada embaixo de uma das escadas do setor de transporte estadual, por uma família indígena, que estava morando no local havia duas semanas. Como estava atrapalhando o local onde dormiriam, os indigenas - que vieram de Ortigueira, no Centro-Oeste, para vender artesanato em Curitiba -, tentaram arrastar a bagagem.
O grupo estranhou o peso e chamou um fiscal da Urbanização de Curitiba (Urbs), que resolveu abrir a mala. Imediatamente o funcionário acionou a Polícia Militar (PM), que chamou o IML.
A menina morava com a mãe e os avós maternos na Vila Guaíra e cursava a 4ª série no Instituto de Educação, de Curitiba.
Em outubro de 2007, quando estava na 3ª série, ela ganhou um trofeu, pelo terceiro lugar no XIII Concurso Infanto-Juvenil de Redação, promovido pela Seção Infantil da Biblioteca Pública do Paraná. Na sexta-feira, antes do ocorrido, novamente fora premiada e recebeu o primeiro prêmio no mesmo concurso e outro trofeu.
Conforme informações de familiares, na segunda-feira, dia de seu desaparecimento, Rachel teria levado os troféus á escola, para os amiguinhos compartilharem de sua alegre vitória, razão pela qual, a menina estaria com os dois objetos entre seus pertences, que como tudo, sumiu sem vestígios.
Rachel quando encontrada, vestia apenas uma camiseta e estaria enrolada em um lençol.
Tanto o Uniforme que vestia ao sair de casa, como mochila, tênis e troféus, não foram encontrados.
O Velório da pequena Rachel, ocorrido na Capela Mórmon do Bacacheri, em Curitiba, foi marcado pela multidão de pessoas inconformadas que entre mensagens e desabafos, se fizeram presentes. A família, que não queria se manifestar, foi representada pelo pai de Rachel que em breve coletiva, contou um pouco do perfil tranquilo, amigo, carinhoso e alegre da filha.
Muito emocionado, procurou ser claro, breve e objetivo, garantindo que o caso seguiria em segredo até que as investigações se concluissem, bem como, os demais familiares não iriam mais nada declarar, enquanto não houvesse respostas e o culpado fosse encontrado.
O delegado Naylor de Lima, da Delegacia de Homicídios, é que comanda as investigações, pouco falou. Quanto as cameras de monitoramento, a área interna da Rodoferroviária não possuia tais equipamentos e a falta de imagens, dificultara a imediata identificação de autoria do crime.
Naylor de Lima, disse ainda não descarta nenhuma hipótese para o crime.
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