Corpo da vítima estava numa mala preta |
O Instituto Médico-Legal encaminhou à polícia o laudo de necropsia da estudante Rachel Maria Genofre, 9 anos, encontrada morta dentro de uma mala abandonada na rodoferroviária.
Os exames confirmaram aquilo que peritos já haviam informado: a criança foi asfixiada pelo assassino, que a violentou sexualmente e amarrou seus pulsos. Marcas no corpo de Rachel indicaram que ela lutou com o criminoso e que foi morta entre três e cinco horas após seu desaparecimento.
A menina sumiu na tarde de 3 de novembro, ao sair do Instituto de Educação, no centro de Curitiba, onde cursava a quarta série. Deveria apanhar um ônibus na Praça Rui Barbosa, em torno das 17h30, para ir até sua casa, na Vila Guaíra.
No trajeto alguém a raptou. Pelos cálculos dos legistas, o matador ficou com o corpo da garota por quase 24 horas, antes de dispensá-lo na rodoviária, no setor estadual, na noite de terça-feira.
Silêncio
Nenhum dos policiais envolvidos nas investigações comentou o resultado do laudo e a Secretaria da Segurança Pública não divulgou detalhes do documento, dentro de sua política de nada revelar sobre o brutal crime.
Fichas de antigos delinqüentes estão sendo levantadas, mas a suposição maior é de que o matador não tenha passagem pela polícia. Pode já ter sido interrogado como suspeito em caso semelhante, mas ardilosamente conseguiu ludibriar os investigadores e saiu de “ficha limpa”.
Especialistas em crimes de morte asseguram que o assassino de Rachel já matou anteriormente a vai voltar a matar, caso não seja detido. Ele busca vítimas com características semelhantes - meninas de 9 anos, inteligentes e que gostem de conversar com todos que se aproximam - e que, se possível, tenham as mesmas características físicas.
O matador usa táticas para se aproximar da vítima, conquista a amizade dela para conseguir raptá-la e, de alguma forma, faz com que a “escolhida” nada revele aos pais ou amigos. Com isso garante seu anonimato.
Providencia também um local que não chame a atenção para cometer o crime e que se sinta seguro, a ponto de manter o corpo por um ou mais dias em seu poder, até dispensá-lo em local público, numa demonstração de que está desafiando a polícia.
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