segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Juiz quer comparar casos de Rachel e Giovanna

Giovanna: abril de 2006.

Uma verdadeira "queda-de-braço" tem sido travada pelo juiz Luiz Osório Moraes Panza, do Tribunal de Justiça do Paraná, e o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), no que diz respeito ao processo que investiga a morte de Rachel Maria Lobo de Genofre, 9 anos, achada morta dentro de uma mala abandonada na rodoferroviária, em 5 de novembro do ano passado.

Instigado pelo advogado Cláudio Dalledone Júnior, defensor de três ciganos acusados de matar outra menina Giovanna dos Reis Costa, 9 - em Quatro Barras, em circunstâncias bastante semelhantes ao caso de Rachel, o juiz quer saber detalhes das investigações feitas pelo órgão relativas ao motorista Martônio Alves Batista.

Martônio era vizinho de Giovanna em Quatro Barras, e após o assassinato, em abril de 2006, ele abandonou a amásia, casou-se com outra mulher e mudou de cidade. Chegou a ser investigado na época, mas superficialmente.

As diligências também apontaram para os ciganos como suspeitos, e a polícia prendeu Pedro Petrovitch Theodoro Vichi; a mãe dele, Vera Petrovitch; e o tio, Renato Michel. Os três alegam inocência, mas aguardam julgamento presos.

Tentando reverter a situação dos ciganos, Dalledone, que diz acreditar que o matador de Giovanna pode ser o mesmo de Rachel - "estamos tratando com um assassino em série", garante que entrou com um pedido à Justiça, para que o trio não seja levado a júri, até que novas diligências sejam feitas.

Pedidos


Rachel: novembro de 2008.

O juiz Luiz Panza, que analisa o pedido, foi alertado para a existência de Martônio, que também foi investigado no caso Rachel, e pediu cópia do inquérito do segundo homicídio, para poder fazer o comparativo e tirar suas conclusões.

No entanto, para sua surpresa, ao receber os documentos encaminhados pelo Cope, não encontrou nada sobre Martônio. Desde dezembro do ano passado ele requer as investigações completas.

Em resposta a um dos ofícios encaminhados ao Cope, a delegada Vanessa Alice, responsável pelas investigações, informou que as investigações não apresentavam "indícios expressivos que indicassem conexão entre os dois crimes".

Posteriormente informou ao juiz que Martônio havia se submetido a exame de DNA e o material comparado ao sêmen colhido do corpo de Rachel, que foi violentada (da mesma forma que Giovanna), deu resultado negativo.

E que ele não figurava mais como suspeito. Panza pediu novamente os documentos da investigação, dizendo que não queria a "opinião" da delegada. Outros indivíduos que estavam na mesma condição que Martônio (exame de DNA negativo) continuam no inquérito policial.

Vanessa Alice, que já ouviu dezenas de pessoas suspeitas e submeteu mais de 30 a exames de DNA, informou à Tribuna que as diligências referentes a Martônio faziam parte de um dossiê de investigação e por isso não foram anexadas ao inquérito. Mesmo assim, ela deverá atender o juiz, que poderá determinar ou não novas investigações para o caso Giovanna.


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